Between dance and architecture of the Yawanawá women: contemporary indigenous spatial practices

Abstract

The aim of this article is to observe different examples of transformation and endurance in the spatial practices of the Yawanawá indigenous population. The intention is thinking together with this people paths that can contribute to the study of their spatialities; therefore, to the affirmation of indigenous knowledge in the academic scope of architecture so that the spatial wisdom and techniques of Amerindian know-how are visualized and reconstituted. Yawanawá women, who are currently connected to global economic and political flows, think, dream and build new architectures in their territory. They materialize, on a daily basis, a form of transgression against the epistemic erasure of the indigenous people, when they circulate complex political strategies through their bodies and (re)existences, which mutate and adapt to capitalist flows and are based on their cosmology and shared values. In this text, it is a matter of claiming contemporary Yawanawá architecture as a locus for the production of knowledge of mutual implication between indigenous and not indigenous.

Este artigo visa observar transformações e permanências ocorridas nas práticas espaciais da população indígena Yawanawá. A intenção é pensar, junto com esse povo, caminhos que possam contribuir para o estudo das suas espacialidades e, assim, para a afirmação do saber indígena no âmbito acadêmico da arquitetura, de maneira que sejam visualizadas e reconstituídas as sabedorias e técnicas espaciais do saber-fazer ameríndio. As mulheres Yawanawá, que atualmente vivem conectadas aos fluxos econômicos e políticos de escala planetária, pensam, sonham e constroem arquiteturas contemporâneas no seu território. Elas materializam, cotidianamente, uma transgressão ao apagamento epistêmico do povo indígena, na medida em que circulam em seus corpos e ações estratégias políticas de (re)existência, de mutação e adaptação aos fluxos capitalistas, assentadas em sua cosmologia e em valores compartilhados entre si. Neste texto, trata-se de reivindicar a arquitetura contemporânea Yawanawá como locus de produção de saberes e conhecimentos de mútua implicação entre indígenas e não indígenas.